insignificante
Friday, May 28, 2004
 
A sala de actos do ISPA estava cheia. Os jornalistas deviam estar atrás de mais uma labrostice do Mourinho ou de um pintelho do Bibi...
Gilberto Gil, cantor, compositor e ministro da cultura fez uma brilhante intervenção sobre cultura mundial e respondeu a algumas questões da sala. Aí pairou nas nuvens. Um copo de leite e uma linha de coca ou um baseado tudo pode fazer mal e tudo pode fazer bem. Notável. Absolutamente!d
 
 
A sala de actos do ISPA estava cheia. Os jornalistas deviam estar atrás de mais uma labrostice do Mourinho ou de um pintelho do Bibi...
Gilberto Gil, cantor, compositor e ministro da cultura fez uma brilhante intervenção sobre cultura mundial e respondeu a algumas questões da sala. Aí pairou nas nuvens. Um copo de leite e uma linha de coca ou um baseado tudo pode fazer mal e tudo pode fazer bem. Notável. Absolutamente!d
 
Thursday, May 27, 2004
 
É de uma desonestidade sem qualquer qualificativo a notícia, certamente que é mentira!, que o novo director geral das finanças vai ser pago pelo BCP.
Então ele é pago por uma empresa que é suposto vigiar e fiscalizar?
Até parece que já chagámos à Madeira, tal o nível desta palhaçada!
 
Monday, May 24, 2004
 
A manipulação dos médis, nos média é mtas vezes insidiosa.
Vejamos se fazem inquéritos para orientação não podem fornecer respostas que conduzem a dados truncados.
Vejamos...se sou contra a presença da GNR no Iraque e pe la sua retirada...qual a resposta que dou á pergunta...acha que a GNR deve ser substituída pela tropa... se responder que não...sou favorável à manutenção da GNR...
Fabulosa manipulação... Fabulosa...e não há Provedor que valha...
 
Sunday, May 23, 2004
 
O Euro foi, é um enprme desastre para o ambiente nacional e para as finanças autárquicas (conforme no 2º caso é hoje público e todos teremos que pagar!). Para o ambiente nacional porque continou a alimentar os sectores do cimento e das obras públicas, que controlam os partidos políticos e o poder e que impedem o nosso país de desenvolver alguma estratégia pro-activa de desenvolovimento.
Hoje é também um tema do anedotário socio-político. São ridiculas as declarações do sr. Durão sobre a implicação do PCP em eventuais mal-ocorrências.E sobre elas só uma gargalhada de escárnio deve ser dada. Eles mentem. Eles só sabem mentir! a
 
Saturday, May 22, 2004
 
Os jornais enchem-se de frivolidades. Dão noticias que já estão desmentidas pelo efémero em que vivemos na hora em que são publicadas, mas o que fica, o saber, o conhecimento, a cultura e a educação para a apreensão e valorização da sua diversidade, como ocorreu durante tês dias no Congresso Educação para a Sustentabilidade passa despercebido.
Outro dos resumos que neste apresentei:
c) Título:
Eficiência energética, chave curricular para a sustentabilidade!

Talvez seja a proposta mais consensual entre quem trabalha na área do ambiente a de identificar a questão das alterações climáticas, em termos globais do planeta e em termos específicos da intervenção local com o maior desafio que a sustentabilidade (1) tem que enfrentar.
a)As inúmeras ocorrências desastrosas dos últimos anos, cheias e inundações, secas e altas temperaturas, para além de um desvanescente padrão climático que possibilite uma adequada sustentabilidade agro-pecuária, sendo segundo todos os dados científicos ligados ao aumento de CO2 atmosférico requerem uma intervenção sobretudo no que tem relação com os ciclos de energia.
A eficiência energética, o desenvolvimento de energias suaves (solar e eólica, dos oceanos ou geotérmica) e a valorização dos resíduos (usando o processo dos três Rs) são elemento de uma estratégia de mitigar este problema para além de potencial novas áreas de investimento.
São áreas que necessitam de um forte envolvimento cívico e esse passa por desenvolver lógicas de pedagogia e educação bidireccionais. Do poder (incluindo aqui o poder informal e o associativismo) para a população e desta para as autoridades nacionais e locais (poderes efectivos).
Desenvolver programa de educação escolar ou cívica baseados em princípios muito claros pode levar a que a sociedade, na linha das lógicas de participação (como as Agendas XXI) imprima uma aceleração a políticas de sustentabilidade. (2)
Projectos como o Pensar Ambiente em Portugal (3) são, ou melhor poderiam, ser uma trave mestra para incrementar acções escolares e cívicas de criação que, com base numa análise dos recursos e da sua forma de utilização, perspectivam lógicas de tratamento e reincorporarão destes no ciclo produtivo.
b) Sendo importante que o processo educativo para a sustentabilidade seja permanente e portanto integrá-lo nos currículos escolares e também divulgá-lo junto de entidades públicas ou privadas, assim como utilizar para o promover os média, nacionais ou locais, é importante ter em conta que nem sempre é um processo não conflitivo.
Mesmo o enquadramento genericamente aceite da política dos três Rs pode ser matizado por diversas interpretações e divergentes análises e perspectivas.
O valor intrínseco de estimular análises do berço ao fim e de nessas integrar uma reflexão sobre os custos energéticos é de qualquer forma um adquirido.
É mais problemático quando se desenvolve uma acção de educação sobre um processo de desenvolvimento industrial que é apresentado como sendo sustentável e até diminuindo a pressão sobre recursos.
No que se refere o urbanismo a questão dos edifícios em altura, apresentados como instrumento de sustentabilidade urbana (4), e no que diz respeito ao território a construção de grandes barragens, apresentadas como contribuindo para a redução de emissões de CO2(5).
As duas soluções contribuindo para as alterações climáticas a nível local para além de provocarem um imensurável prejuízo aos sistemas vivos, naturais ou culturais.
Nesses casos qualquer acção de educação para a sustentabilidade se depara com concepções políticas divergentes, baseadas em lógicas económicas claramente antagónicas e em noções ambientais irrefutavelmente diferentes.
Esse também é um desafio à sustenbilidade e à educação para a mesma.

António Eloy

(1)A sustentabilidade é um conceito que tem sido utilizado de diversas formas e sujeito a inúmeras adulterações.
Sendo certo que deve ser entendido como um nível de bem estar, de valores, de garantias de qualidade para as actuais gerações que não comprometa as gerações futuras, em termos de recursos e capacidade do meio para produzir, reproduzir a vida e as suas condições de existência e compatível desenvolvimento.
A sustentabilidade deve ser um parcimonioso uso dos recursos que permita a obtenção de bens e serviços indispensáveis com a máxima eficiência energética e a melhor utilização dos recursos assim como o redução do excreta.

(2)Exemplo de um programa que estruturei e com que trabalho com escolas e agentes educativos:

Uma viagem pelos elementos.

A) Identificação dos elementos e reconhecimento da sua importância para o desenvolvimento da vida.

B) Reconhecimento da sua interligação e do processo da sua utilização, ao longo dos tempos e na actualidade.


C) Estabelecimento dos problemas que afectam cada um dos elementos.
1- Agua: escassez, poluição
2- Terra: diminuição do solo fértil (erosão), desordenamento
3- Energia (fogo): aumento do desperdício (entropia), cenários de restrição de recursos, contaminações
4- Ar: o CO2 e a rarefacção do ozono.

D) Em relação a cada um dos elementos desenvolver ideias de sustentabilidade. Exemplos:
1- Poupança, recuperação/regeneração, uso adequado
2- Recuperação do solo vivo, culturas biológicas, floresta equilibrada
3- Promoção de energias suaves, aposta na eficiência energética, e uma economia à escala humana
4- Alteração dos padrões de consumo, modificações no sistema de predação de recursos.

E) Estabelecer/ construir um cenário aberto onde se podem introduzir ideias/alterações e relacioná-las umas com as outras. Em todos os pontos construir através de ilustrações peças de um puzzle que se encaixa em forma de terra. Todos os tópicos devem ter exercícios os actividades
(Exemplo Água, exercícios /jogos já feitos, Terra, hortas biológicas e exercícios sobre identificação de espécies/árvores, Energia, exercícios de reciclagem, construção de pequenas unidades energéticas, Ar, desenvolvimento de conceitos globais de cidadania)


Materiais sobre energia para pensar:
A) Construção de pequenas unidades de produção de energia (moinhos, fornos solares, turbinas)
B) Desenvolvimento dos ciclos de reciclagem (compostagem, papel e os outros em modelo)
C)Trivial da energia

(3) O Projecto “Pensar Ambiente em Portugal” , de 1993 a 1997 elaborou um conjunto de materiais, fichas e jogos que faziam a análise do ciclo de vida de todos os produtos do “lixo” doméstico e suas fileiras de recuperação. Juntou sobre o patrocínio do Conselho da Europa as mais representavas associações, empresas do sector e organismos do Estado das áreas de envolvência do tema. Infelizmente só deixou os materiais, ainda hoje utilizados em muitas escolas.

(4) Algumas câmaras municipais defendem essa lógica urbanística. Lisboa e Gaia são dois exemplos actuais. Outras se poderão apresentar.

(5) A barragem de Alqueva, as alterações ao nível do micro-clima e o engano que hoje se testemunha, infelizmente na prática, da sua construção ou a projectada para o Sabor e o facto de tanto uma como outra terem sido ou serem acarinhadas por tantos como peças de sustentabilidade deve levar-nos a equacionar as bases que uma educação cívica, baseada em noções de equilíbrio ambiental deve desenvolver.
Á
 
Thursday, May 20, 2004
 
Em Braga, fora dos média passa-se um importante congresso sobre Educação para A Sustentabilidade. Neste apresento duas comunicações.
Eis o resumo de uma delas:
Título:
Promover a diversidade cultural, reforçando aspectos educativos.

É, do meu ponto de vista, a única opção para a manutenção da ruralidade (chave do binómio Energia, englobando a organização ou ordenamento do território e Humanidade, significando esta a soma dos valores que qualificam o desenvolvimento humano) uma política educacional e pedagógica pró-activa, que valorize, dê sentido e integre os aspectos e valores que dão significado à sazonalidade e que marcam a vida das populações rurais, estabelecendo ligações à sua história, tipificando as suas lógicas culturais e constituindo mesmo arquétipos de religiosidade e comunhão social.
Vou referir em nome de uma ética que valoriza o homem e o seu papel determinante na construção das paisagens e em nome de valores sociais, a forma como a defesa de especifidades culturais (1), a sua promoção no quadro de processos de afirmação política e construção da identidade local ou regional (2) e a sua articulação com processos educativos escolares ou societários é um elemento da maior relevância da o desenvolvimento sustentado das comunidades e a melhor gestão e uso do território.
Centrar-me-ei no culto do toiro de lide e no do porco, especificando o caso do pata negra, por ser em seu torno que se afirmam processos de orgulho cívico e de afirmação familiar, social e de local/regional, para além de serem elementos chave para a estabilidade social, dado ser em torno das actividades ligadas ao seu ciclo biológico que as nossas comunidades resolvem, muitas vezes, conflitos e tensões.
Como é que os processos educativos estão ou devem ser perspectivados para que estes valores e características socioculturais estejam cada vez mais presentes e se afirmem cada vez mais como elementos de orgulho cívico, numa estratégia de sustentabilidade? (3)

- No âmbito da actividade ligada à criação do porco é de enorme relevância, direi mesmo fundamental (4) a matança no processo de formação da sociabilidade e da criação e reforço de laços sociais imprescindíveis para manter e estruturar as sociedades na sua lógica comunitária e assim
manter os índices de Humanidade e desenvolver a ocupação sustentável do território.
As matanças são momentos especiais do processo socio-educativo. Nestas desde a meninice se integram os jovens no quadro da utilização dos animais e se estruturam os laços que perdurarão ao longo da vida sendo mesmo trave mestra da manutenção do equilíbrio social e do espírito das “aldeias”.
A apreensão dos processos de cura do porco (fumeiro ou sal), a aprendizagem dos procedimentos que devem ser tidos para o aproveitamento das diversas partes do animal e o convívio que é base destes processos sociais são fundamentais para compreender a natureza e a construção e ocupação do território pelo homem e as suas actividades agro-pastoris, assim como para balizar a sustentabilidade.
Ultimamente por iniciativas camarárias, ou de colectividades ligadas à preservação da vida rural, dos seus valores e identidade têm sido realizadas feiras do porco, conferências onde sobre este têm sido apresentadas interessantes comunicações sobre a história, as diversas fases do seu desenvolvimento e presença na paisagem, a gastronomia e outros valores de sustentabilidade articulados com a sua economia.
E têm sido promovidas por associações socio-culturais matanças tradicionais, em locais onde devido à desertificação humana estas vão deixando de se realizar. Estes são momentos de reencontro e revitalização do território que podem potencial novas áreas de economia social.
Para além, é claro, das centenas, muitas centenas de matanças que se realizam no recato do convívio de famílias e amigos e que são imprescindíveis para a educação cívica dos jovens e a criação de laços sociais duradouros.
Também, em inúmeras escolas se estruturam em torno deste elemento (o pata negra) e de todas as suas valência, as “áreas de projecto” e começa a fazer-se sentir uma tendência educativa que contraria a lógica “higienista” e “puritana” de destruição deste factor fundamental para construção da ruralidade e sustentabilidade pelos nossos campos.

- Outra área que penso fundamental ser desenvolvida, articulada com a sustentabilidade, é toda a problemática do toiro, seja especificamente de cobrição ou de lide. Após um período confuso é possível, hoje, que a afirmação da defesa destes animais seja ouvida com clareza e enquadrada numa lógica educativa de sustentabilidade.
Por limitações de espaço só aqui referirei linearmente:
a)as “chegas de bois”, no planalto transmontano e regiões vizinhas, o importante papel que estas tem no processo de educação social, no quadro do dirimir de conflitos ou de criação de pólos de sustentabilidade na economia e a forma como as autarquias, mediante a construção de áreas para estas actividades e o apoio a colectividades que as organizam tem tido um papel fundamental em manter presente os elementos que do passado dão sentido ao futuro.
b) a “forca raiana”, elemento fundamental da continuação das comunidades e que é elo de ligação entre os membros destas para além de ser um elemento central da economia e sociedade local contra a “macdonalização” e a insustenbilidade do consumismo, e neste caso a constituição de associações que defendem a continuação desta importante marca socio-cultural, o seu estudo e a revitalização da sua prática.
c) o revigorar de todos os aspectos ligados ao toureio em Santarém, mas também Vila Franca, Coruche, Moita, Alcochete e tantos outros locais seja pelo desenvolvimento de escolas de toureio, o incremento de tertúlias, a organização, valorizando todo o ciclo produtivo do toiro, de feiras e congressos com uma forte componente da/na área educativa, que estão a levar a uma cada vez maior participação popular em espectáculos taurinos e o envolvimento de juventude no estudo e articulação destes com o desenvolvimento e gestão ordenada do território.
d) Finalmente, mas penso que com uma importância fulcral em todo este processo de construção e defesa de uma identidade e a partir dessa do reforço das lógicas de sustentabilidade, não posso deixar de referir o caso de Barrancos e todo o seu entorno que se tornou um “ex libris” de um processo de reenquadramento de valores de ruralidade e de autenticidade social e por via desses do regresso de ideias de solidariedade, compromisso e uma genuína educação para a sustentabilidade, que não desmereça o território e as populações que o fazem, à agenda nacional.
Em Barrancos na escola, partilhado pelas associações diversas do concelho, na afirmação da comunidade há hoje um sentimento de identidade que é o primeiro dos elementos para uma educação para a sustentabilidade.(5)
Hoje Barrancos sendo o mais pequeno concelho do território continental português é motivo de teses de licenciatura, mestrado ou doutoramento em diversos países, de estudos em várias universidades e pode, apesar de incidentes de percurso, afirmar-se como um caso modelar de integração da sustentabilidade no processo socio-educativo de um povo.

É necessário, é fundamental que a Educação para a Sustentabilidade não vire as costas à diversidade cultural e ao seu papel imprescindível para a construção da ruralidade e das suas expectativas sociais. Esta é, isso é indubitável, uma das chaves mestras de um futuro equilibrado.

António Eloy


Notas
(1) Segundo a UNESCO “Cultura pode ser entendida como um conjunto de características distintas espirituais e materiais, intelectuais e afectivas que caracterizam uma sociedade ou um grupo social. Abarca além das artes e das letras, os modos de vida, os sistemas de valores, as tradições e as crenças.”, definição de Monticault 1982, ou seja a cultura e a sua diversidade devem ser reconhecidas e defendidas como um elemento fundamental que mergulha as sociedades e comunidades no sentir do seu passado e lhes dá um alicerce fundamental para estruturar um futuro sustentável.
(2)Nos últimos anos tem sido produzido notável pensamento sobre esta temática o Prof. Luís Capucha ou o Dr. Domingos Xavier, cada um na sua área, são dois expoentes que não quero deixar de referir pela inspiração que me têm dado
(3)Kant, citado por Frankl, George “Os Fundamentos da Moralidade”, Bizancio,2003 “A razão numa criatura é a faculdade de estender as regras e os objectivos do uso dos seus próprios poderes muito para além do seu instinto natural e não conhece limites para além dos seus objectivos”
(4)“Manual de la Matanza”, Sueiro, J.V. e outros, R&B adiciones, 1997
(5) ”O Espelho Quebrado: versus e reversus nas tauromaquia populares”, Capucha,L., U.N.L.,1994; ”Em Barrancos”, Eloy,A., Edição Costa do
Ê
 
Monday, May 17, 2004
 
200, duzentas notas partilham este espaço virtual, nesta última semana povoado por fantasmas de muitos passados e expectativas de futuro. O que é incrivel é que o tempo de vida, da nossa vida tem cada vez menos tempo dilacerado por uma vertigem incontrolável, animada pelos"matadores" que são os vampiros disfarçados de jornalistas que nos invadem quase completamente os jornais e tomaram as televisões (ontem viu-se um excelente filme sobre essa gentalha).
A seriedade, a serenidade parece que vai sendo expulso pela pressão do tempo sem tempo e dos donos do tempo e do que fazemos com ele.
Reflexão para continuar na semana em que o desenvolvimento sustentável e a educação para o mesmo se vai preocupar com a ruralidade e nesta a educação para o apreço da cultura taurina.n
 
Tuesday, May 11, 2004
 
Iraque. É fantástico ler hoje o artigo da Sousa, em breve seguida pelos Pachecos e Fernandes a procurar "alterar" o que sempre escreveram... E notável é a opinião do congressista conservador, veterano da Coreia e do Vietname e apoiante desta guerra. John Murtha "Esta guerra é invencível".
Mais para quê?
 
Sunday, May 09, 2004
 
a ler a interessante entrevista a Le Carré ao El pais de hoje. Talvez sobretudo para perceber, percebermos a enorme perversão do nosso sistema democrático e a lógica de ditadura que sobre ele se abate. Controlo dos políticos e dos partidos pelo dinheiro (e por cá a corrupção, a construção civil, o futebol) e da informação (pela concentração nas mãos da finança, pelo controle dos editores, pela lógica da notícia).
Porque razão votar Kerry é a continuação do mesmo. Porque razão votar Kerry pode ser o minimo para impedir a ditadura de tomar conta do pouco de liberdade que resta.
E hoje, sempre, sempre, Guantanámo. Notável o documento a autorizar, a impôr a tortura e a degradação humana, oriundo da administração americana!a
 
Friday, May 07, 2004
 
É inacreditável, ou melhor quem o conhece sabe que é "normal", que o Presidente da República tenha menorizado as críticas de 40.000 professores prejudicados pela inepcia do Ministério da Educação ás listas de colocação.
E não se pode correr com ele... dali para fora!4
 
 
Tudo parece provisório, como uma onda do mar que se esvai na praia. Nada fica como está, é uma das regras dialécticas indesmentível. Nenhum olhar é o mesmo de um olhar. Todos os dias são diferentes, todos os segundos mudam na sua eternidade.
A vida e a morte são o mesmo. Existem e não existem.
 
Thursday, May 06, 2004
 
O som do badalar dos sinos anunciando as horas e as meias, no centro do Porto torna esta cidade uma extensão do mundo rural, que aliás se cruza permanentemente connosco, seja nas fisionomias camponesas e rudimentares dos tripeiros, seja no antigo que todas as situações e enquadramentos tem.
Que bom que é. E que pena que não fique.q
 
 
Pelos magníficos jardins de Serralves ao som de melros e andorinhas devorei o melhor romance "religioso" desde o Nome da Rosa. O Codigo Da Vinci de Dan Brown é o mais poderoso escrito dos últimos anos e que bem que sabe à alma.
E para também a fazer sorrir a espectacular exposição sobre a linguagem dos...leques, em Serralves. E a exposição dos descontrutivistas soviéticos/russos.
 
Wednesday, May 05, 2004
 
Sob as águas milhares, milhares de árvores esverdeiam o rio na zona do vale de Alcarreche. Perto várias carcaças de animais mortos serão inevitávelmente arrastadas por estas. Este cenário denunciei-o há dois anos. Com a prespicência que lhe é habitual, quando não está engasgado por milhares de coelhos a não saber nadar, o meu amigo Carlos Dias denuncia hoje essa situação no Público.
Talvez se fosse menos ingénuo e ouvisse quem sabe também não embarcasse no embuste que é a central fotovoltaica. Mais um Alqueva para a mesa do canto.u
 
Tuesday, May 04, 2004
 
Na 20ª cidade da Ibéria em termos de desenvolvimento humano(2ª de Portugal) na Regaleira, em pleno centro, verificamos que há matizes que o DH não considera...
Num tasco, toalha e guardanapos de pano, empregados vestidos a rigor e umas espectaculares tripas (obrigado invasores franceses, obrigado). Tudo por preço de tasco. E um bom verde tinto..
 
 
Quem ande desde há uma semana pelas cidades universitárias do norte do país percebe:
- Que há uma semana não há alunos nas aulas.
- Que as urgências alcólicas disparam.
- Que as praxes, agora na via pública, são execráveis e imbecilizantes.
- Que todos os estudantes e certamente muitos, muitos do movimento que não quer pagar, tem capa batina, fato escuro e agora uns tolos chapéus altos e bengala a condizer e gastam milhares, milhares de euros nessa panóplia.
- Que tudo isso torna as cidades uma aldeia de palhaços. Divertida, qb.i
 
 
o peso das palavras varia consoante os locais e o enquadramento. Também consoante quem tem o poder sobre elas, como diria o Gato Mágico.
Hoje a minha meia de leite transformou-se em meia de cimbalino.
Tudo se pode transformar no outro. Tudo?e
 
Monday, May 03, 2004
 
Passeio longamente pela antiga mansão Andressen e pelos hoje degradadíssimos jardins (hoje jardim botânico, o que ainda torna mais notável a sua degradação). Almoço tardio no Campo Alegre, uma fantástica moamba de galinha, com um delicioso fungi.
Percorro as ruas ao ocaso depois. Olhando de fora a vida, observando dessa a sua escassa realidade.
Tudo é efémero, como as borboletas que esvoaçavam pelo jardim...a
 
Sunday, May 02, 2004
 
Notável o concerto do Zé Mário. Os novos arranjos são notáveis. Lamentável é a acústica do Coliseu, que torna incompreensível porque não venderam a sala à IURD.
 
Saturday, May 01, 2004
 
Ao cuidado, talvez necessário no caso de pôr um processo por negligência médica e hospitalar, da Administração do Hospital de Santa Maria:
Na minha profissão quando me aparece um problema que desconheço e cujas razões ignoro, investigo. Se após uma primei ra investigação e um relapso abandono dessa questão o problema se volta a manifestar, e com inusitada gravidade procura por todos os meios ao meu alcance a solução.E não abandono o problema à sua sorte.
Se o problema for um doente transplantado e ainda po r cima com uma sintomatologia clara de problemas de racionalização e de motricidade/equilíbrio não lhe dou alta sem que estudos aprofundados tenham sido realizados.
Para que fique registado, tudo isto passou-se!
Se sobrevier algum acidente no caso de um comportamento desse tipo serei certamente passív el de acusação por crime de negligência.

rr
 
civetta.buho@gmail.com

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