Ontem programa da Montemuro, telefonemas de trabalho, preparação do ano. Hoje continuação e mais um livro para a secretária, sobre o tema que, entre outros, continuarei a desenvolver...
Por razões profissionais este ano as minhas Festas foram mais reduzidas. Podem continuar a ter-lhes o cheiro aqui: http://estadodebarrancos.blogspot.pt/
onde o relato e outros particularismos estão presentes. Viva Barrancû!
Mas foi também tempo de ruído, mesmo quando este é silencioso:
uma estória com moral, lida nos intervalos da siesta, e que nos envolve em dilemas e o tempo...
Seguindo o rito anual vão-se realizar mais
umas festas em Honra de Nª Sra da Conceição em Barrancos.
Agora que uma parte do ritual foi
internalizada, inclusive pelos que dela procuraram publicidade em nome de
putativos direitos dos animais (que alguns desses prosélitos contestavam com
lógica e Direito!), agora que algumas pessoas a necessitarem de tratamento
psiquiátrico que se escondiam sob o epíteto de animalistas se aquietaram, o
ritual no seu conjunto religioso e também profano, interligados e articulados
pela Comissão de Festas e todo o povo de Barrancos em geral desenrola-se com
paz e tranquilidade.
Como sempre, mesmo nos tempos da proibição mas
não nos tempos agitados em que a incompreensão pela lógica sócio-antropológica e
uma ideia errada da vida dos campos, assimilando os animais neste criados com
funções pastoris, aos lúlus torturados sem preocupação nos apartamentos
citadinos e que não são matéria de preocupação dos ditos amigos dos animais,
mesmo quando o seu excreta abunda pelas cidades, esses foram momentos de grande
angústia.
Hoje como inúmeras teses universitárias
aprofundam, o tempo pára em Barrancos, nos momentos mágicos da procissão, do “encierro”
e da corrida tudo numa lógica de defesa da continuidade do espírito que se faz
carne, de toiro, depois nos convívios, elevando o espírito para os bailes e
festas numa lógica que já foi também genésica, espírito, materialidade no corpo
e continuação.
Muitos enganos se desenvolverame ainda se desenvolvem em torno da parte
taurina das festas, de todas as festas. que pelo país marcam a eternidade da
continuidade, seja no efémero do momento.
Estamos nas festas de Barrancos que também
cumprem com o ritual da construção dos “tabuados”, únicos que dão magia à nossa
Praça e inclusivé levam (outra tese) que a Virgem saía pela porta da sacristia
para dar unção ao povo.
Agora sossegado o povo e sem a pressão da
angústia de nos roubarem o toiro (para fazer o quê?) as festas de Barrancos, a
nossa “féria” volta, ou melhor continua a ser, com a integração do tempo e da
sua paisagem feita pelos homens, um momento de convívio, de cante, de tertúlia,
de comes e bebes e de honra do espírito que fez este povo e obviamente do
sagrado que nos protege. Contra tudo e contra todos mas em nome da nossa
humanidade.
Nem só de leituras vive o espírito. Ontem tivemos uma excelente discussão sobre as origens, todas elas forjadas, do cristianismo e do islão, além de um desenvolvimentos dos mitos, fantasiosos da nossa História, Aljubarrota e Viriato entre os mais significativos.
Vivemos entre ideias peregrinas e inventadas por prosélitos de fés o doutrinas, nacionais ou religiosas sem qualquer fundamento ou registo credível.
Mas também continuamos com os pés na realidade e hoje, aqui: http://carmoeatrindade.blogspot.pt/
temos mais um momento zen de activismo e empenho, para o qual conjuro os leitores deste blog.
Malta, ex.mos e ex.mas, vamos a Fechar Almaraz!
Foto Rui Cunha! Para que a vida continue a fluir como a água.
Uma gentileza da minha tia Orquídea (Eloy) este livro, que embora datado (1986) contém elementos interessantes e que felizmente e infelizmente hoje estão mais estudados (e outros que não são aqui senão referidos pela rama) e muito, muito mais presentes nas nossas sociedades.
Não é a minha praia mas é um tema que por vezes abordo, hoje com muitas interferências com o clima.
Um exemplar para consulta.
Julgo que é a 1ª tese apresentada em B.D. e que mereceu aprovação.
A mesma, densa, é sobre educação mas joga com os sentidos da geometria e das lógicas espaciais e códigos de leitura.
Interessantíssima!
Pensamos que não podemos aprender mais sobre a leitura da história, pensamos que já sabemos tudo ou pelo menos que não é possível saber mais sobre esta madrasta.
Pois neste "tijolo" notável ( e ainda só vou em metade!) descubro mais uma grelha interpretativa, e mais uns nojos sobre o comunismo, que sobre o nazismo já chegámos ao fundo, ao fundo mesmo, articulados com um pensamento e dissecação poderosos, dados irrefutáveis.
Uma leitura com o peso desta obra, prima.
Notável o capítulo final e as articulações com as Alterações Climáticas, desde já associadas e gravemente a casos de desaparecimento do Estado, além de uma análise profunda articulada com a matriz fornecida dos/aos problemas que se nos avizinham!
a história da revista TINTIN, que aqui em Portugal pela mão instruída e sábia de Vasco Granja, fez as delícias de tantos curiosos, leitores, devotos, num livro/revista extremamente bem organizado e com imensa informação e artigos de referência.
transmiti ao autor, através do nosso editor comum a minha satisfação:
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Francisco, (Abreu)
(...) amigo Miguel Almeida " Um Planeta Ameaçado" (...)
Se
poderes dizer-lhe do meu apreço pela sabedura e capacidade de
transmiti-la, nesta autêntica tese de filosofia ambiental. Embora tenha
algumas discordâncias ( pequenas), susceptíveis de gerar uma boa
conversa, foi uma leitura ( datada é certo) do meu maior agrado. Uma
grande abraço, também para ele (...)
#
Uma obra de referência para quem tenha dúvidas sobre a problemática das ajudas ao desenvolvimento e das manhas por detrás de todas estas "caridades", que faz um diagnóstico envolvente e, embora com alguma ideologia, coloca o dedo no local certo.
E no mundo global!
De um dos nossos grandes antropólogos e apresentado por um dos nossos grandes #bruxos# o padre Fontes, sobre um recanto de Montalegre, Pitões das Júnias, onde temos um dos resíduos da ocupaççao do território por ordens religiosas de extraordinário valor, será hoje, com uma edição do meu querido amigo Fernando Mão de Ferro e da Colibri esta monografia.
Estarei lá representado e prometo leitura atenta.
Dia para pôr em ordem jornais e revistas acumuladas. Entre elas encontro uma interessante, pese algum ressabiamento, entrevista a Michel Rocard, entrevista testamento, como é referida.
O personagem vale muito mais do que esta, onde há algumas agudezas que, todavia, merecem referência:
o poder brutal das notícias estilo e lógica Correio da Manha, o esvaziamento das verdadeiras e da sua análise por palradores cada vez mais ignorantes e superficiais, a necessidade de esgravatar para sabermos e conhecermos.
Intervalando o excelente "Cinco Continentes", leio por entre a canícula este simpático livrinho de Camilleri, muito ancorado da Sicília, que pode ser, qualquer sítio, onde há relações dominadas por lógicas de poder e "famílias" e tudo o que isso significa...
Stalin, nalguns aspectos mais que Hitler, atrasou o desenvolvimento técnico, artístico e cientifico, além de os dois serem os mais sinistros personagens do século XX ( bem acompanhados é certo, por muitos outros da sua igualha).
Este livro é um documento que mostra como esse analfabeto impediu o desenvolvimento da biologia e da análise genética, dando crédito a outro ignorante que nem merece menção.
Nikolái I. Vavilov é um verdadeiro herói, assim como os que lutam pela ciência e a consciência dessa.
na Figueira da Foz.
Talvez só a Laurentina do Bacalhau lhe chegue perto na qualidade do divino produto.
Colossal o rabo do mesmo e mais uma posta com que me bati.
além de umas colheres de sopa da pedra.
Um pouco barulhento, mas isso faz parte da lógica de tasca, os tempos que aqui passamos são únicos.
Bacalhau à 4ª. E só abre para almoço nesta e na 6ª aí com pernil e cabidela.
Na minha última visita ao Funchal lembro-me de almoçar na rua da Carreira ao pé do prédio devoluto da Pide/DGS e em passeio pela zona ver vários no mesmo estado. Vi e também denunciei o plantio até em zonas de escarpa sobranceiras ao Funchal de eucaliptais assim como o total e irracional desordenamento de território.
o clima vai continuar a aquecer e o sistema de ventos continuará a modificar-se, referências que fiz na conversa que tive na Universidade da Madeira. Agora e em geral essa situação é irreversível. Temos que a enfrentar e estar preparados e conscientes dela.
Vejo as carpideiras habituais mas não vejo a assumpção de responsabilidade. Um dos grandes responsáveis por esta situação de calamidade reformou-se e continua a mandar postas de pescada, o tal Alberto.
Hoje a cidade do Funchal, a Madeira, Portugal continua a arder, continuará a arder nos nossos corações.
Levado pelas palavras que dão vida ao tempo contra o presente leio hoje por entre um calor de derreter pedras este livro "assustador" onde cada palavra é um punho e cada letra uma poesia.
O grande poeta palestino Mahmoud Darwich: http://www.humanite.fr/presente-absence-de-mahmoud-darwich-au-coeur-de-deux-amis-604034
deixa-nos um livro sublime onde cada palavra se justapõe com cinzel à seguinte para fazer sentido, que enche o sonho ( e os pesadelos) de realidade.
" As borboletas, pensamentos dispersos furtivos, emoções esvoaçando pelo ar."
" A nostalgia é a voz do vento". Nem mais! " O paraíso nasce do inferno da ausência"
Joseph Conrad é autor de um dos melhores livros sobre o racismo de sempre # No coração das trevas# que foi base do famoso Apocalipse Now.
Tem outros excelentes livros e muitos contos, categoria em que se insere este opus, em que mostra a lógica da escravatura e os seus mecanismos físicos e psicológicos, numa estória cheia de referências e piscadelas de olho a outros autores.
Um livro brutal.
Uma escrita clara e documentada. Um desenho entre sepiamente realista e que empresta uma força enorme ao texto, nas suas 230 páginas.
Equilibrado, com inúmeros detalhes, que eu próprio desconhecia, fruto de grande investigação.
Um livro brutal.